Nesta segunda-feira, dia 26 de setembro, aconteceu o I Simpósio de Saúde Mental da Ecisa, com o tema: “Falar é a melhor solução”, com os palestrantes convidados, Dr. Adriano Menezes, médico psiquiatra e professor das Faculdades Integradas de Patos e a psicóloga Dra. Gerlane Costa. O Simpósio acontece como culminância das ações realizadas no mês de prevenção ao suicídio, o Setembro Amarelo.
A coordenadora da Ecisa, Eulidivânia Camboim, comentou sobre a sensibilidade que deve ser utilizada ao ministrar sobre esse tema: “Na verdade, a questão sensível é mais voltada para a questão Tabu, uma questão de cultura. Há dez anos ninguém podia falar sobre a HIV, sobre as DST’s. O suicídio não é diferente. É um problema de saúde pública que pode e deve ser prevenido. Tocar no assunto é levantar a curiosidade. São questionamentos que muitas vezes estão guardados, sufocados.” A coordenadora também relatou que muitos alunos ficam mais confortáveis em confessar esses sentimentos após as palestras.
Já a psicóloga Dra. Gerlane Costa discutiu sobre a importância do estudo do suicídio dentro de todo o seu processo de mudança e evolução na vida do ser humano e da família. “Quanto mais a pessoa fala, quanto mais o paciente, a comunidade, a sociedade fala, mais a pessoa vai ficar aliviada, mais amparada e existe a possibilidade maior para notificarmos esse problema. Hoje o suicídio é um problema mundial, um problema de saúde pública. Para termos uma ideia, a cada 4 segundos uma pessoa se suicida no mundo. Não precisa nem ser bom em matemática para perceber que esse número está altíssimo”, afirmou a doutora, destacando a importância do tema.
O Médico psiquiatra Dr. Adriano Menezes comentou a diferença entre trabalhar o tema com o paciente e com o familiar, identificando as ideias suicidas o mais cedo quanto for possível. “Os pensamentos sempre vão estar presentes ou mais notáveis, muito mais enraizados, ou mais subjetivos, você tem que caminhar muito bem na trilha, para poder identificar primeiro esses pensamentos e trabalhar essas ideias. Já com o familiar explicar sobre um pouco de psicoeducação, falar para essas pessoas que existe um sofrimento, existem as ideias, que são fortes o bastante para fazer a pessoa tirar a própria vida”, explica.
Alunos egressos da Ecisa e das Faculdades Integradas de Patos estiveram presentes no evento, bem como dos cursos de graduação. Houve entrega de certificado, apresentações culturais, peças de teatro e musicoterapia.
Os alunos consideraram as atividades no Setembro Amarelo gratificantes para sua vida pessoal e profissional, como relatou a aluna do Técnico em Enfermagem Lycia Aparecida: “Fomos para as escolas, praças e para a rua em uma caminhada. Passamos para as pessoas que não se deixem entregar pela depressão, porque há tratamento, a gente vem trabalhando isso em prol de ajudar essas pessoas para que no futuro elas não sejam prejudicadas, se auto prejudiquem”, afirmou a estudante.